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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Entendendo o passado - Fases da Revolução Industrial

As fases da revolução industrial compreendem os diversos momentos desde o início do avanço do processo industrial, que começou na Inglaterra no século XVIII.
Está dividida em três fases: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial. Confira abaixa o resumo de cada um desses períodos e suas principais características.

Primeira Revolução Industrial

Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII e durou de 1750 a 1850. Essa fase foi caracterizada por diversas descobertas as quais favoreceram a expansão das indústrias, o progresso técnico e científico e a introdução das máquinas.
Nesse ínterim, a passagem da manufatura para o sistema fabril foi impulsionada pelas invenções da máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor que resultou na mecanização dos processos.
Foi assim que ocorreu a expansão das industrias têxteis, metalúrgica, siderúrgica e dos transportes. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Como resultado, temos o aumento da produção, a substituição do trabalho manual pelo industrial (da manufatura para a maquinofatura), o desenvolvimento do comércio internacional e o aumento do mercado consumidor.
Quem estava afrente desse processo e contribuiu para sua expansão foi a classe burguesa que detinha recursos e que ansiava pelo lucro. Nesse sentido, surgiu a classe operária ou trabalhadora chamada de proletariado, mão de obra barata explorada nas fábricas.
Vale lembrar que nessa época a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, o que transformou Londres na mais importante capital financeira internacional e o país numa grande potência econômica dominante. Mais tarde, ela foi se expandindo para outros países europeus.

Segunda Revolução Industrial

Segunda Revolução Industrial começa em meados do século XIX e durou de 1850 a 1950. Esse período foi marcado pela consolidação do progresso científico e tecnológico, se espalhando por outros países da Europa, como França e Alemanha.
Muitas descobertas foram importantes para alavancar esse progresso que agora não se restringia somente à Inglaterra, por exemplo, a invenção da lâmpada incandescente, dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão, cinema e rádio), bem como dos avanços na área da medicina e da química, como a descoberta dos antibióticos e das vacinas.
Além disso, avanços nos processos de utilização do aço foram essenciais para a construção de máquinas, pontes e fábricas. No tocante a sua utilização, devemos ressaltar que o aço foi essencial para a construção dos trilhos das ferrovias, marcando consideravelmente o avanço dos meios de transportes. Ademais das ferrovias, o automóvel e o avião foram inventados nessa época.
Não menos importante foi a nova configuração do uso das fontes de energia que, nesse caso, estava sendo substituída paulatinamente pelo petróleo. Além de servir de combustível, o petróleo foi importante na produção de produtos derivados dele, do qual se destaca o plástico.
Esse conjunto de mudanças e invenções foram essenciais para revolucionar o sistema industrial, trazendo um novo panorama a vida social e econômica da população, denominado de “Capitalismo Industrial” (ou Industrialismo).
Fica claro que, ao mesmo tempo em que o progresso e o conforto humano foi se mostrando favorável, por outro lado, as condições dos trabalhadores das fábricas eram precárias, incluindo duras e longas jornadas de trabalho e baixa remuneração.
Isso foi aumentando cada vez mais as desigualdades sociais. Assim, começam a surgir os sindicatos em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Para tanto, o fordismo e o taylorismo vieram revolucionar o sistema de produção das fábricas com as famosas esteiras rolantes, dinamizando e otimizando o processo, ao mesmo tempo que gerava mais lucro para a classe detentora dos meios de produção, barateando ainda mais, o custo dos produtos.

Terceira Revolução Industrial

Terceira Revolução Industrial começou em meados do século XX, que abrange o período de 1950 e permanece até a atualidade. Foi nesse momento que ocorre um grande avanço da ciência, da tecnologia, da informática, (com o surgimento de computadores, criação da internet, dos softwares e dos dispositivos móveis) da robótica e da eletrônica.
Na área das ciências merece destaque o desenvolvimento da engenharia genética e biotecnologia, com a produção em massa de diversos medicamentos e avanços da medicina.
Embora o uso de outras fontes de energia já tinha evoluído anteriormente, nesse momento, surge a energia atômica com o uso de elementos radioativos, especialmente o urânio.
Ainda que sua ideia inicial era a geração de energia, o final da segunda guerra mundial (1939-1945) demostrou o perigo no uso dos elementos radioativos, como ocorreu com o lançamento da bomba atômica no ano 1945 em Hiroshima e em Nagasaki, no Japão.
Outro importante marco dessa fase foi a conquista espacial, quando Neil Armstrong chegou a lua em 1969, revelando a força e as conquistas tecnológicas do seu humano.
Foi, portanto, no período conhecido como Guerra Fria, que a corrida espacial, iniciada em 1957, foi travada entre os Estados Unidos e a União Soviética demostrando ainda mais, os avanços nas áreas da tecnologia e da produção de armamentos.
Nos avanços da metalurgia, as descobertas químicas foram essenciais para seu progresso, com o surgimento de novas ligas metálicas que proporcionaram o avanço dos meios de transportes, com a construção de naves espaciais e aeronaves.
Quanto aos trabalhadores, os direitos trabalhistas começam a se ampliar, diminuindo as horas de trabalho, incluindo benefícios e proibindo o trabalho infantil.
Todos esses fatores foram essenciais para a modernização das indústrias e que até os dias de hoje continuam marcando os avanços das tecnologias de informação bem como da globalização no mundo.

Fonte: Toda Materia

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