São Paulo – Para Reinaldo Lorenzato, especialista em indústria da Hewlett-Packard Enterprise, as ondas de revolução industriais são um processo de continuidade. A transição atual para a indústria 4.0 não é diferente dos processos anteriores nesse sentido.
As revoluções industriais não são algo que aconteçam somente dentro dasfábricas. Por outro lado, elas foram “um conjunto de políticas governamentais e do uso da tecnologia”.
EXAME.com conversou com Lorenzato sobre a onda atual de revolução da indústria, as fábricas do futuro e como elas irão mudar a sociedade. Veja a seguir.
O que muda com a indústria 4.0?
O que temos visto não é de hoje, mas uma evolução desde a primeira revolução, lá em 1700. Relembrando, a segunda revolução foi com a adoção da energia elétrica e a terceira com o início da automação.
Essa quarta revolução é uma continuidade desse processo. É importante dizer que isso não é algo que aconteça somente dentro das fábricas. As revoluções anteriores foram um conjunto de políticas governamentais de diversos países, junto com a adoção de tecnologias.
Uma mudança importante acontece agora. Antes, a indústria balizava o comportamento da sociedade, ditava tendências. Isso se inverte e são as pessoas e a sociedade que influenciam a indústria agora. Isso fará com que a indústria se reinvente e participe desse novo conjunto – com áreas de serviço, transporte, etc.
O alicerce para essa mudança é a tecnologia. O que eu vejo é que a manufatura tem palavras importantes: colaboração e a integração. Essas mudanças devem vir para conectar o ecossistema industrial aos de consumo, suprimentos,sustentabilidade, entre outros.
Nesse sentido, será uma indústria mais limpa?
Na verdade, já vem sendo uma indústria mais limpa. Não somente a produção mais limpa, mas também o consumo será mais limpo.
Cada produto que é produzido e vai para uma prateleira está estocando recursos. Entre eles matéria prima, energia e mão de obra.
Dependendo do produto, se ele não for usado, pode ser reaproveitado. Por outro lado, energia e mão de obra não podem ser reaproveitados. Por isso é importante o consumo mais consciente.
Fonte: http://exame.abril.com.br/