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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

FORMAÇÃO DE JOVENS PARA UM FUTURO INCERTO Por Estadão Projetos Especiais

O Fórum Econômico Mundial de Davos trouxe números impressionantes sobre a revolução que ocorre nas empresas, nas cidades e nas relações das pessoas com a tecnologia e como ela atinge o mercado de trabalho e, consequentemente, a educação de jovens no mundo todo. De acordo com estudo exclusivo apresentado no Fórum Mundial em janeiro deste ano, cerca de 30% dos empregos atuais não existiam 10 anos atrás e 65% das crianças que estão nas escolas hoje executarão funções que ainda não existem. “As mudanças são tão profundas que, sob perspectiva da história humana, nunca houve um tempo de maior promessa ou potencial perigo”, afirma Wagner Sanchez, diretor acadêmico da Fiap, faculdade paulistana especializada no ensino de Gestão e Tecnologia da Informação.
Parceira no Brasil da Universidade do Futuro da Singularity University, com sede na NASA, a Fiap investe em modelos disruptivos de ensino que incluem metodologias ativas, como Problem Based Learning, Project Based Learning, Game Based Learning, entre outras. “Além das metodologias ativas, acreditamos em parcerias com grandes empresas para que os nossos alunos possam colaborar na solução de problemas reais. Ao longo dos anos de estudo, os estudantes participam de várias competições e hackathons, para encontrar soluções nunca antes pensadas aproveitando assim as oportunidades que irão surgir”, completa Sanchez.
Wagner Sanchez, da Fiap: "Nunca houve um tempo de maior promessa ou potencial perigo”
Wagner Sanchez, da Fiap: “Nunca houve um tempo de maior promessa ou potencial perigo”
“Por conta disso, nessa nova realidade trazida pela digitalização da economia, a palavra de ordem é a colaboração. O profissional só conseguirá enxergar o potencial das oportunidades no momento em que colaborar fortemente com outras áreas, entender as demandas e as realizações de cada uma”, afirma Jefferson de Oliveira Gomes, professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e diretor do Senai de Santa Catarina. “Para que isso aconteça, os alunos precisam ser preparados desde muito cedo a pensar na análise e solução de problemas e atuar em conjunto.”
Quem concorda com ele é Harlei Florentino, diretor-geral do Colégio Oswald de Andrade, de ensino infantil, fundamental e médio na Zona Oeste de São Paulo. “Informação em tempos da tecnologia da informação não é mais de difícil acesso e, nesse contexto, a ênfase da escola e de seus professores tem de ser em dar oportunidades aos alunos, desde o ensino infantil, de atribuírem sentidos às informações disponíveis, ampliando seu pensamento e aprendendo a construir novos conhecimentos a partir de novas realidades”, afirma Florentino. Para ele, o momento atual, com mudanças extremas a partir do impacto da tecnologia e de novos modelos de negócios no mercado de trabalho, exige uma formação de jovens com senso crítico, capacidade de avaliação e reinvenção, que lidem bem com as incertezas, saibam trabalhar em equipe, além de serem capazes de contribuir positivamente para as dinâmicas sociais.

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